Por Roberto Motta*
Em uma sociedade competitiva – cujas oportunidades exigem diversas habilidades – aonde se encaixam aqueles que desejam aprender, mas precisam de um ambiente customizado para a construção do conhecimento? A resposta desta pergunta forma um dos desafios da Educação Inclusiva, que, de início, mostra ser um pleonasmo, considerando que educar é, também, “equacionar as dificuldades e carências que um indivíduo ou grupo apresenta”.
Entre as mais diversas inclusões, consideremos esta: a Educação a Distância como ferramenta na formação de alunos com surdez ou deficiência auditiva. Em termos de legislação, não há dubiedade, pois “(…) os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade, públicos ou privados, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos os seus ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência (…)”¹.
A Educação a Distância, como modalidade de ensino, deve atender os alunos de forma a garantir a acessibilidade aos recursos, com agilidade e eficiência. Além disso, deve intensificar o uso das TICs, considerando que a interação entre os alunos pela web viabiliza uma aprendizagem mais colaborativa.
Nos dias de hoje, com a difusão da EaD no País, tanto em instituições de Ensino Superior quanto na Educação Corporativa, tem-se visto nesta modalidade uma forma de uma aprendizagem além das geografias, por ser um instrumento de democratização do acesso à informação, principalmente na sua modalidade via web”².
As vantagens da EaD para alunos com deficiência auditiva ou surdez está no trabalho feito com o conteúdo, considerando que os recursos visuais são mais cognitivos para este público. Na Educação Básica regular presencial, “as aulas são ministradas de forma oral, consequentemente, os conteúdos trabalhados na sala nem sempre se tornam acessíveis para esses alunos”.
Desta forma, podemos concluir que “os surdos têm maior facilidade para frequentar o ensino superior na modalidade EAD por ser um curso com maior flexibilidade e por disponibilizar materiais didáticos e intérpretes em LIBRAS”³.
Desta forma, podemos concluir que “os surdos têm maior facilidade para frequentar o ensino superior na modalidade EAD por ser um curso com maior flexibilidade e por disponibilizar materiais didáticos e intérpretes em LIBRAS”³.
¹ BRASIL. Decreto nº. 5.296. [Lei da Acessibilidade]. 2004. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm>. Acesso em: 31 jul. 2008.
² BRUNO, Marilda Moraes Garcia; e SÁ, Michele Aparecida. A inclusão de alunos surdos no sistema regular de ensino: uma análise das concepções e reflexões dos professores. In: 9º Encontro de Pesquisa em Educação da ANPED – Centro Oeste. CD ROM nos Anais do 9º Encontro de Pesquisa em Educação da ANPED – Centro Oeste, Brasília, p. 415-429, 2008.
³ MOURÃO, Marisa Pinheiro; MIRANDA, Arlete Aparecida. Ensino da Língua Brasileira de Sinais por meio de um curso a distância via internet. In: 9º Encontro de Pesquisa em Educação da ANPED – Centro Oeste. CD ROM nos Anais do 9º Encontro de Pesquisa em Educação da ANPED – Centro Oeste, Brasília, p. 216-229, 2008.
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