Com base nas informações sobre educação inclusiva, buscamos entender quais são as ações no sistema educacional vigente a
fim de garantir o cumprimento dos objetivos da inclusão. Em face dessas considerações, o
presente desafio nos ofereceu investigar como professores entendem a inclusão
escolar, buscando, também, conhecer as dificuldades existentes e as
necessidades apontadas pelos profissionais no contexto da inserção de crianças
com deficiência no ensino comum.
Para isso entrevistamos 3
professores da educação básica da cidade de Naviraí-MS, utilizamos um
questionário aberto, contendo 6 perguntas acerca do assunto em questão.
Pergunta 1- Como Trabalhar a diversidade de valores no ambiente escolar de maneira
que se alcance o respeito mútuo entre todos os envolvidos?
Entre as professoras houve um
consenso todas acreditam ser necessário um planejamento que contenha
estratégias que alcance todos os alunos e suas diferentes necessidades
especiais, sempre respeitando a individualidade de cada aluno. Outra observação
foi que duas das professoras acreditam que isso é papel do professor e ele que
deve garantir tal ação.
Já na Pergunta 2 - Como
tornar o momento de ensino/aprendizagem dinâmico, atendendo e ouvindo os alunos
em suas necessidades e limitações?
Duas das professoras acreditam
ser necessário uma observação entre os alunos, e suas atividades, afim de
perceber suas necessidades e limitações, para que assim possa conduzir
atividades que contemplem todos os alunos sem distinção. Já a terceira acredita
que é necessário mudanças nas bases curriculares da escola.
A Pergunta 3 questionava – Que postura o professor deve ter antes aos
conflitos presentes em sala de aula?
Duas das professoras acreditam
que o professor deve ser imparcial , a outra acredita que é necessário diálogo,
o professor de acordo com ela deve falar sobre o assunto e conscientizar a sala
sobre a necessidade especial de cada colega, exigindo dos alunos respeito e
colaboração.
A Pergunta 4 era – Quais as politicas de inclusão da
atualidade?
Todas falaram do PNE (Plano
Nacional de Educação) que propõe a universalização do ensino, incluindo toda
criança de 04 a 17 anos dentro da
escola, comtemplando também aqueles com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades, oferecendo a esses alunos o atendimento
educacional especializado (AEE) nas salas de recursos no contra turno.
A pergunta 5 questionava – Há recursos humanos, materiais, físicos e
pedagógicos necessários ao atendimento de pessoas com deficiência na rede
municipal?
Duas das professoras eram
professoras da rede estadual e afirmam que existe o atendimento a esses alunos,
já a professora da rede municipal diz que também ocorre o atendimento, mas ela
vê uma necessidade de este ser melhorado, de acordo com ela é preciso mais
profissionais capacitados formados em psicologia, psicopedagogia entre outras
áreas mais específicas, que possam assim oferecer um serviço de qualidade a
esses alunos.
A pergunta 6 perguntava – Qual o diferencial dos ambientes escolares
onde há crianças especiais e como eles favorecem a aprendizagem e a inclusão?
O ambiente escolar agora deve ser
preparado para receber os diversos tipos alunos e suas necessidades especiais,
as professoras afirmam ser necessário rampas, barras, pisos especiais para
alunos com deficiência visual, banheiros
adaptados, carteiras e portas das salas de aulas adaptadas, a sala de
atendimento educacional especializado com materiais e profissionais para este
fim, e por fim a promoção de um bom convívio social que contemple valorizar as
diferenças e mostrar que as crianças são todas iguais mesmo com suas
especialidades.
Bom com o questionário percebemos
que as professoras sabem o caminho a seguir, entendem um pouco sobre as normas
do plano nacional de educação e sabem o que deve ser feito para cumpri-los mas
percebemos nas entrevistas que estas não são seguras de trabalhar tal assunto,
elas ainda acreditam que alguém com mais conhecimento ou mais prática saberia
fazer melhor. Mostram também em suas falas que a escola tem tentado se adaptar,
seus ambientes, seus profissionais, mas que isso ocorre a passos lentos.
Apontaram também outros aspectos
do princípio inclusivo, como a necessidade de adequação de métodos e
estratégias de ensino, o direito à educação e inclusão com um sentido amplo, envolvendo
não apenas as crianças que apresentam alguma deficiência, mas ‘todos’ os
alunos, independentemente de suas condições físicas, psicológicas, étnicas e
sociais.
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